Resenha 1 Esporte
Psicologia do Esporte: Apropriando a Desapropriação
Erika Höfling Epiphanio
O texto trata de uma área da psicologia a qual a autora considera desapropriada dos psicólogos, sendo ministrada na maioria das vezes, e principalmente no Brasil, por outros profissionais: a Psicologia do Esporte. Além de dados históricos como o surgimento e desenvolvimento desta área, o artigo propõe uma compreensão da importância da Psicologia do Esporte, da necessidade de termos psicólogos especializados na mesma e dos problemas enfrentados por essa área da psicologia. Tendo seu início baseado na demanda que o meio esportivo vinha apresentando, essa área ainda pouco explorada da psicologia surgiu entre os séculos XIX e XX. Percebeu-se a necessidade do estudo da psiquê dos atletas, pois se notou que algumas atitudes psicológicas poderiam favorecer ou desfavorecer o rendimento esportivo, influenciando inclusive na prevenção de lesões no esporte e nos efeitos nocivos do esporte de rendimento. Apesar de ter surgido há mais de duzentos anos atrás, no Brasil essa área de atuação apareceu pela primeira vez na segunda metade de século XX, em 1954, a partir de um trabalho realizado para a seleção de juízes da Federação Paulista de Futebol. Logo em seguida, surge o acompanhamento psicológico de atletas, projeto desempenhado pelo psicólogo João Carvalhaes, que desenvolveu seu trabalho junto ao São Paulo Futebol Clube.
Os estudos realizados pelos psicólogos esportivos podem ser considerados como um retrocesso de pensamento e ideias, entretanto, este retrocesso não está associado ao sentido pejorativo da palavra. Pode-se considerar desta forma visto que nesses estudos corpo e mente formam um único objeto de análise, não podendo ser estudados separadamente. Esta visão nos remete ao pensamento de Platão, filósofo da Grécia antiga que já concebia corpo e mente como uma única “peça”.
É apresentada no artigo uma análise feita dos artigos já publicados na área da Psicologia do