Aprendizagem Social
As teorias de aprendizagem social tiveram origem no comportamentalismo (behaviorismo). Partilham o princípio de que as consequências do comportamento influenciam a repetição do mesmo. Diferem no aspecto em que processos cognitivos não directamente observáveis, como expectativas, pensamentos e crenças, têm influência no comportamento. Bandura defende que aprendemos a observar os outros. A observação de modelos exteriores (pessoas, meios electrónicos, livros) acelera mais a aprendizagem do que se esse comportamento tivesse de ser executado pelo “aprendiz”. Também se evita receber consequências negativas.
Bandura desenvolveu observações experimentais em crianças dos 3 aos 6 anos que incidiam sobre a imitação.
Na experiência um grupo de crianças observava um filme em que adultos a gritavam e agrediam de várias formas um boneco insuflável, enquanto outro grupo (grupo de controlo) não era submetido à visualização de qualquer filme.
Bandura verificou que as crianças que tinham assistido ao filme apresentavam o dobro das respostas agressivas comparativamente ao grupo de controlo, e que inventavam novas formas de agressão que não tinham sido observadas.
A aprendizagem por observação envolve quatro elementos:
1. Atenção. Existe uma selecção àquilo que prestamos atenção, o que é crucial para se aprender por observação. Essa selecção é feita em função das características do modelo (estatuto/prestígio, competência, valência afectiva), do observador e da actividade em si.
2. Retenção. A informação observada é codificada, traduzida e armazenada no nosso cérebro, com uma organização em padrões, em forma de imagens e construções verbais. Deve possuir o que se designa por prática coberta (ser capaz da repetição imagética ou preposicional de procedimentos que observou ou de regras) e do que se designa