Teoria da Aprendizagem Social
No contexto de sua gênese (séculos XVII e XIX), a criminologia era associada às ciências naturais e às questões biológicas, como era proposto por Lombroso, que afirmava a tese do criminoso nato.
Já no início do século XX, a criminologia passa a ser fortemente influenciada pelas ciências sociais: os traços individuais deixam de ser determinantes e as forças sociais assumem a posição principal do fator criminógeno.
Essa influência sociológica foi notória nos Estados Unidos, inicialmente com os sociólogos da Escola de Chicago, que afirmavam que o ambiente era fator determinante para os altos índices de criminalidade, pensamentos baseados na observação da violência urbana que afligia a cidade na época.
Posteriormente, por volta da década de 30, um sociólogo chamado Edwin Sutherland, inspirado nas idéias da Escola de Chicago e de Gabriel Tarde, elabora a Teoria da Associação Diferencial ou Teoria da Aprendizagem, publicaa em seu livro Principles os criminology, que sofreu alterações em 1947, ganhando uma frormulação mais parecida com a que conhecemos hoje.
Essa teoria de consenso é de fundamental importância para a compreensão dos crimes associativos, do crime organizado e para ter um melhor entendimento das semelhanças e diferenças entre a criminalidade dos indivíduos das baixas classes sociais e dos indivíduos das altas classes.
Para Sutherland, a associação diferencial é o processo que faz com que os indivíduos aprendam comportamentos desviantes, requerendo conhecimentos especializados e habilidade: da mesma forma que se aprende boas condutas, também se aprende condutas desviantes. É uma tendência a tirar proveito de oportunidades de maneira desviante, Esses desvios podem ser gerados dentro de pequenas gangues urbanas e até em grupos empresariais que aproveitam-se de certas situações para o cometimento de fraudes.
Sutherland afirmava que o crime não vem de uma simples desfunção ou inadaptação das pessoas de classes sociais