Artigo De Afeto E Motivac O
De acordo com Elkjaer (2001) e Antonello e Godoy (2007), grande parte da literatura sobre aprendizagem organizacional é baseada numa teoria de aprendizagem individual, ou seja, numa teoria de aprendizagem como processo de informação, como comportamento, como construção social ou, noutros termos, aprendizagem como cognição individual. As abordagens da aprendizagem organizacional centradas no indivíduo, isto é, que veem a aprendizagem como resultante da aprendizagem individual, evoluíram recentemente para a concepção sociocognitiva da aprendizagem organizacional (ver, por exemplo, ELKJAER, 2004; DEFILLIPPI; ORNSTEIN, 2003). A perspectiva sociocognitiva da aprendizagem organizacional a visualiza como além da soma das aprendizagens individuais. Elkjaer (2001) considera a aprendizagem uma reconstrução e reorganização de experiência – que é, essencialmente, individual – porém baseada numa perspectiva de indivíduos como socialmente formados e vice-versa.
A motivação para a aprendizagem está inserida no campo social e busca encontrar sua gênese no indivíduo. Há na psicologia uma multiplicidade de estudos sobre a interface entre motivação e cognição (MARKMAN; MADDOX; BALDWIN, 2005). No entanto, as questões motivacionais foram historicamente estudadas em isolamento das questões da aprendizagem (BLUMENFELD et al., 1991). Cofer e Appley (1972), contrariamente, acreditam que o estudo da aprendizagem foi uma importante avenida, por meio da qual o conceito de motivação chegou a ser relevante, já que, entre motivação e aprendizagem, há uma íntima e contínua relação, por vezes de difícil separação. Os anos 1980 e 1990 foram fundamentais para o aumento da pesquisa e da teoria que integram as áreas de motivação e aprendizagem, bem como os processos afetivos e cognitivos necessários à aprendizagem efetiva (BOGGIANO; PITTMAN, 1992).
A conexão menos simplificadora entre motivação e aprendizagem admite que, em geral, a atividade da aprendizagem tem uma estrutura