Aprendiz sem fim
Todas as tentativas de se achar a origem do bom senso (a história oficial) resultaram infrutíferas. Há uma, lá atrás, sem o ‘era uma vez’ e sem sábio no enredo. Contam que estaria atrelado à arrogância e a deslumbramento. Não se sabe se foi baseada em fatos reais ou se foi criada com o intuito de explicar o inexplicável. Em outra roda, à história, acrescentaram ira e serenidade como adicionais para equilibrar forças entre um (o bom) e outro (o mau). Trata-se de mais uma tentativa de decifrar mais um mistério da natureza humana, ao lado de outros, indecifráveis.
Peguemos exemplos aparentemente muitos simples de como o senso oscila entre o quente e o frio, entre o zero e o infinito, entre o claro e o escuro. O que se passa na cabeça de um indivíduo que vai para um estádio de futebol para dar e levar porrada? Qual a linha de raciocínio do sujeito que, ao som (som?) daquela coisa chamada funk, se junta a um grupo para praticar o “esporte” de bater e apanhar? Qual a explicação para quem cheira ou injeta drogas na busca de viagens sabe se lá pra qual destino ou na busca de prazeres suicidas? A troco de que ou sob que causa, um mau elemento, mascarado, vai para as ruas quebrar o patrimônio público e privado?
Como os mistérios femininos e o da Santíssima Trindade, dificilmente teremos respostas firmes e convincentes para os pontos de interrogação do parágrafo anterior. Há uma expectativa nos bons resultados que podem vir de um programa que vem sendo desenvolvido por cientistas da Universidade Carnegie Mellon, nos EUA, que associa a imagem vista pelo computador a um objeto ou a algo ligado a ele. Já foi batizado de “aprendiz sem fim de imagens”. Carro, por exemplo, está associado à estrada; pato à ganso; gelo à neve, etc. Já foram feitas mais de 2.000 associações. O projeto é ousado e vai exigir tempo, mais de 200 processadores e um trabalho sem fim nas correções das associações feitas pelo programa.
O objetivo é fazer com que a máquina adquira