Apostila de comunicação e expressão
1. O HOMEM, A LINGUAGEM E A COMUNICAÇÃO Durante milhares de anos os homens sentiram a necessidade de registrar visualmente, ou seja, de ―ler‖ as informações. Desenvolvida originalmente para guardar os registros de contas e trocas comerciais, a escrita tornou-se um instrumento de valor inestimável para a difusão de idéias e informações. Foi na Antiga Mesopotâmia, há cerca de 6 mil anos atrás, que se desenvolveu a escrita. O homem, que a princípio se comunicava apenas com grunhidos e outros sons primitivos, a partir do momento em que passou a viver em sociedade, procurou novas formas de comunicação com seus semelhantes. Adotou a linguagem mímica, passando, a seguir, para a linguagem oral ao descobrir a combinação de sons que deram origem às palavras. No início, a escrita era feita em pequenas almofadas de barro, madeira, metal e pedra. Os objetos eram representados através do desenho – um bom exemplo dos sistemas pictóricos ou ideográficos é o hieróglifo egípcio. Uma imagem estilizada de um objeto significava o próprio objeto. O resultado era uma escrita complexa (havia pelo menos 2.000 sinais) e seu uso era bastante complicado. Assim, os sinais tornaram-se gradativamente mais abstratos, tornando o processo de escrever mais objetivo. Finalmente, o sistema pictográfico evoluiu para uma forma escrita totalmente abstrata, composta de uma série de marcas na forma de cunhas e com um número muito menor de caracteres. Esta forma de escrita ficou conhecida como cuneiforme (do grego, em forma de cunha) e era escrita em tabletes de argila molhada, usando-se uma espécie de caneta de madeira com a ponta na forma de cunha. Quando os tabletes endureciam, forneciam um meio quase indestrutível de armazenamento de informações. Assim, data de 3.300 a. C. o mais antigo sistema descoberto composto por sinais cuneiformes. Com o passar do tempo, os símbolos passaram a representar as sílabas ou o som predominante na palavra. Atribui-se aos Fenícios a