Apneia neonatal novos conceitos
Jacob V Aranda (USA)
4o Simpósio Internacional de Neonatologia do Rio de Janeiro, 26-28 de agosto de 2005
Realizado por Paulo R. Margotto, Professor do Curso de Medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde/SES/DF pmargotto@terra.com.br www.paulomargotto.com.br
A cafeína é a droga mais usada em todas as idades. O consumo mundial é de 120.000 toneladas (70mg da droga para cada habitante do planeta, sendo que ¼ desta cafeína, vem do Brasil); 54% entra na forma derivada do café e 43% derivada da forma do chá. Nos EUA, o consumo diário é de 250mg. Outras fontes incluem bebidas, barras de chocolates, drogas e outras. Os níveis de cafeína plasmática do nosso sangue estão em torno de 2 a 5mg/l.
As metilxantinas tem sido usadas por mais de 30 anos no tratamento da apnéia da prematuridade. Hoje, elas estão entre as drogas mais comumente prescritas na medicina neonatal.
A cafeína é agora utilizada como padrão de atendimento para a apnéia da prematuridade. É a droga preferida para o tratamento das apnéia do RN pré-termo (efeitos colaterais como taquicardia ou intolerância alimentar são menores no grupo da cafeina: RR: 0,17. IC a95%:0,04-0,72) (Steer PA, Henderson-Smart DJ. Caffeine versus theophylline for apnea in preterm infants. Cochrane Database Syst Rev, 2000- www.nichd.nih.gov/cochrane
. Está sendo cada vez mais utilizada para a extubação dos bebês ventilados. Há novas indicações potenciais da droga, como por exemplo, durante o CPAP, nos bebês com doença da membrana hialina e está também sendo usada para a diminuição da displasia broncopulmonar. Vou procurar rever algumas destas questões e chegar a conclusões possíveis. Nos anos 70 (76 até 2000) houve vários estudos que eu chamaria de quase randomizados, sugerindo eficácia da cafeína em todos eles. Nos anos 90, a medicina baseada em evidências tornou-se muito popular, sendo possível fazer ensaio controlado, duplo cego, o que confirmou o que já sabíamos quanto à