Análise semiótica das revistas Veja e Época
Isis de Oliveira RANGEL
Maria Eduarda AMORIM
Mayara Abreu MENDES
Renan Gomes FANTINATO
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Bauru, SP
RESUMO
Este artigo busca produzir uma análise semiótica seguindo os preceitos aplicados por Peirce na Semiótica Americana, detalhados no livro de Lucia Santaella (2005). Foram escolhidas capas de duas revistas para analisar: a revista Época e a revista Veja. O tema que ambas trazem é a discussão de lei de cotas. Será feita nesse artigo, também, a contextualização da lei de cotas, bem como será dada a história de ambos os veículos de comunicação. Ao final, serão dadas considerações finais dos autores.
PALAVRAS-CHAVE: Semiótica. Peirce. Veja. Época. Santaella. Cotas.
1. A SEMIÓTICA DE PEIRCE
Peirce tem como objeto de estudo a fenomenologia dos signos. Para o autor, signo é aquilo que representa algo, ou seja, que cria na mente da pessoa um signo equivalente. Em seu estudo, Peirce desenvolveu uma fenomenologia com três categorias universais, denominadas primeiridade, secundidade e terceiridade. A primeiridade se refere ao sentimento imediato que temos ao observar determinado objeto, é uma significação pura, que ainda não se relacionou com outros fenômenos. A secundidade é a relação que fazemos do objeto com algo que já conhecemos e a terceiridade é a categoria da mediação, que nos leva a refletir os significados por trás daquele objeto. Ainda segundo os estudos de Pierce, um signo se define como tal por três propriedades fenomenológicas que compõem a base do signo e são comuns a todas as coisas:
1- Sua mera qualidade,
2- Seu caráter de existência,
3- Seu caráter de lei. Assim, podemos dizer que a primeiridade é a categoria ligada ao sensível e ao qualitativo, nesta categoria, o signo em relação a si mesmo é qualisigno e em relação ao objeto é ícone. A secundidade refere-se ao nível de experiência, nela, o signo em relação a si mesmo é sin-signo e em relação ao