A arquitetura de dois cemitérios de belo horizonte como exemplo da mutabilidade discursiva das cidades
A arquitetura de dois cemitérios de Belo Horizonte como exemplo da mutabilidade discursiva das cidades
Carlos Eduardo Santos de Santana
José Antônio Gonçalves Moreira
Luiz Henrique Arruda Pereira
Weriks Geraldo Gomes
Prof. Ms. Paulo Roberto Antunes (Orientador)
Introdução Semiótica ou Semiologia é a “Ciência ou Teoria Geral dos Signos, entendendo-se por signo toda ou qualquer coisa que represente outra, em certa medida e para certos efeitos” (ALMEIDA, 2012).
A Semiótica estabelece ligações entre um código e outro código, entre uma linguagem e outra linguagem para que a leitura do mundo seja feita de forma verbal e não-verbal, conforme informa Pignatari (2004).
Pode-se dizer, então, que a Semiótica é a leitura dos símbolos (signos) em suas diversas manifestações.
Os símbolos são mediadores com os quais representa-se e interpreta-se o mundo.
É sob essa perspectiva que se objetiva, neste estudo, elaborar uma leitura semiótica analógica da arquitetura de dois cemitérios: um tradicional (Nosso Senhor do Bonfim) e um moderno (Parque Renascer), da cidade de Belo Horizonte e, para tanto, será utilizada a metodologia da revisão bibliográfica.
Parque Renascer
Parque Renascer
Cemitério Senhor do Bonfim
Cemitério Senhor do Bonfim
Charles Sanders Peirce é o precursor da Semiótica da vertente norte-americana: a Semiótica dotada de pragmatismo. (SANTAELLA, 1983). Nessa perspectiva, Peirce atribuiu aos signos um caráter triádico, relacionando-os a três categorias fenomenológicas: primeiridade, secundidade e terceiridade.
Pignatari (2004) explica a tríade peirciana:
Primeiridade = ÍNDICE: mantém uma relação direta com seu objeto (ex.: pegada na areia, perfuração a bala etc.).
Secundidade = ÍCONE: mantém uma relação de analogia com seu objeto (um desenho, um som etc.).
Terceiridade = SÍMBOLO: estabelece uma relação convencional com o objeto (ex.: as palavras de modo geral).
Santaella (1983) afirma