Aplicações atuais da semiótica
Luis Carlos Carneiro
Como bem define Santaella (2002), a Semiótica é um campo de conhecimento que interroga e analisa objetos existentes no mundo, tudo aquilo que significa, ou seja, signos. Parte-se do pressuposto de que tudo aquilo que existe no mundo emite algum significado, sentido, mensagem, assim a Semiótica procura investigar como essa significação é feita, que efeitos de sentido determinado objeto traz ao simples existir. Resumidamente, um signo relaciona três elementos, conforme explica Peirce (1974): É composto por um Objeto (que pode ser um fato); um Interpretante (que pode ser a interpretação que alguém venha a fazer do fato - não confundir com "intérprete"); e um Representâmen, que é o corpo do signo em si. Assim, no Signo há uma relação tripla entre Objeto, Interpretante e Representâmen. Por exemplo, a palavra “mesa" é um Signo: o seu Objeto pode ser uma mesa qualquer; o Interpretante, para você - é a mesa que vem à sua cabeça ao ler a palavra; e o Representâmen é a própria palavra "mesa”. Na prática, o Representâmen é o veículo da informação. A semiótica é definida por Saussure, como ciência que estuda a vida dos signos no quadro da vida social. A principal utilidade desta ciência é possibilitar a descrição e análise da dimensão representativa (estruturação sígnica) de objetos, processos ou fenômenos em categorias ou classes organizadas. Assim, a Semiótica pode contribuir, fortemente, para a eficácia da comunicação social, na medida em que estuda a utilização das linguagens (de carácter verbal e/ou não verbal), considerando os contextos (ligados ao emissor e/ou ao receptor) das mensagens. Admite-se que a comunicação é eficaz, quando o emissor, com a sua mensagem, consegue atingir os seus objetivos junto do(s) receptor(es)-alvo. Em princípio, se o emissor ajustar a mensagem às características do canal