Análise psicológica do filme:Em nome da rosa
A trama se inicia onde um monge e seu aprendiz são convidados para investigarem algumas mortes misteriosas acontecidas em um misterioso mosteiro e que a princípio tinham fundamentos sobrenaturais, porém ao decorrer da investigação descobre-se, uma coincidência entre os mortos: todos possuem manchas pretas nos dedos e na boca, ao desenrolar da trama descobre-se que as manchas são provenientes de um veneno que continha nas páginas de um livro secreto, ao qual poucos tinham acesso.
A biblioteca do mosteiro era como um labirinto, um lugar secreto com armadilhas, onde o conhecimento era restringido a poucos, ao ter acesso a biblioteca o monge desvenda o motivo das mortes que era um livro de Aristóteles sobre comédia, que um frei havia passado veneno em suas páginas para que quem o lesse não passasse seu conteúdo adiante, julgando que o ato de rir era um comportamento inadequado e quem o fizesse estaria se afastando de deus.
Ao analisar o filme é possível identificar as características dominantes da época como o teocentrismo, onde todas as ideias giravam em torno de deus, e a monopolização da igreja onde sua doutrina era imposta, considerada fundamental e indiscutível e quem ousasse por em risco a visão cristã era considerado herege e sofria com as punições da inquisição. Isso mostra como os dogmas religiosos atrasaram o avanço da ciência, por não aceitarem novos conhecimentos, como aconteceu na época com Galilei que enfrentou o tribunal da inquisição por ter dado suporte a teoria heliocêntrica de Copérnico em suas descobertas planetárias, outro importante filósofo: Descartes adiou a publicação de importantes livros sobre a origem do universo por ter base no modelo heliocêntrico, evitando assim criar um empasse com a igreja, enfim havia na época uma "castração" intelectual imposta pela