UMA NOVA VISÃO DE CISNE NEGRO: KITSCH E SUA OBVIEDADE
Brenda Barros¹
Jéssica Santana²
RESUMO
A partir de uma análise geral do filme Cisne Negro, o presente estudo aborda a
Teoria Kitsch - entendida como a estética do mau gosto. Sob a luz da semiótica, o diagnóstico realizado, da obra de Darren Aronofsky, aponta a presença de uma “arte” como imitação de um objeto artístico. Parte deste trabalho foi dedicada à aplicação dos conceitos fundamentais da Teoria da Imagem por efeito da perspectiva de diferentes referenciais teóricos, permitindo, assim, uma reflexão mais profunda do universo cinematográfico em que a produção fílmica em questão está inserida.
Palavras-chaves
Semiótica; Imagem; Kitsch; Cisne Negro.
INTRODUÇÃO
No fim do século XIX, houve a ascensão do ballet de repertório – um tipo de balé que contém uma história dentro dele, dispondo de um número considerável de bailarinos e coreografias em sua composição. Usando elementos como dança, música, mímica, cenário e figurino, esse tipo de produção vem ganhando diferentes versões ao longo dos anos. Ainda que se tenha certa liberdade criativa na remontagem dos espetáculos, a construção do enredo deve seguir algumas premissas de caráter técnico comum a todos eles. A composição musical, e as sequências de passos e movimentos não podem ser radicalmente alteradas.
Em 1877, ocorreu no Teatro Bolshoi em Moscovo, a estréia do dramático balé O
Lago dos Cisnes, tendo sua história escrita por Vladimir Begitchev e Vasily Geltzer,
¹ Graduanda em Comunicação Social – habilitação em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal de Goiás.
E-mail: brendapev@gmail.com
² Graduanda em Comunicação Social – habilitação em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal de Goiás.
E-mail: jessica.stna@gmail.com
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e coreografada pelo compositor russo Tchaikovsky. Dividida em quatro atos, a narrativa conta a história de um príncipe que na noite de seu aniversário foi caçar em um lago e