Análise Fílmica de Tempos Modernos

Análise Fílmica de “Tempos Modernos” de Charlie Chaplin
Cristina Silva Fialho [e-mail] O filme “Tempos Modernos” é uma sátira à vida na sociedade industrial, retratando “uma história sobre a indústria, a iniciativa privada e a cruzada da humanidade em busca da felicidade.”
(CHAPLIN, 1936). O filme foi rodado em 1936 e abordou o período da Grande Depressão nos
Estados Unidos, envolvendo questões trabalhistas, exploração das grandes massas, uso da força policial como instrumento de poder e o desemprego em massa, causado pela Quebra da Bolsa de
Valores de Nova Iorque em 1929. Carlito, personagem clássico de Chaplin é o operário de uma fábrica, que vive as agruras do Capitalismo.
No século XIX, a sociedade sofreu profundas mudanças com a Revolução Industrial, modificando o modo de vida das pessoas. O avanço tecnológico alterou a maneira como o homem produzia os bens necessários à sua sobrevivência. Com a industrialização, houve a mecanização do processo produtivo, produção em série e consumo em larga escala. Houve também um grande avanço nas cidades, devido ao crescimento populacional, urbanização, aumento de veículos e circulação de bondes. O centro da cidade passou a abrigar lojas, restaurantes e mercados.
A principal mudança deu-se com a intensificação da exploração do trabalho pelo capital. Com o advento do Modo de Produção Capitalista, as relações de poder se estabeleceram entre duas classes: a burguesia e o proletariado. O proletariado era composto pela classe operária, trabalhadores que vendiam sua força de trabalho. Já a burguesia, formada pela classe dominante, era detentora dos meios de produção e quem comprava a força de trabalho.
O filme retrata as condições precárias de trabalho nas fábricas, onde os operários perdem noção do processo produtivo em sua totalidade. Esta é uma característica clara do processo de alienação, causada pela divisão social do trabalho, uma vez que os trabalhadores passam a realizar
ações