Análise do poema "O meu olhar azul como o céu"
Alberto Caeiro nasceu em Lisboa mas viveu quase toda a sua vida no campo, vindo por isso a tornar-se um poeta bucólico
Era louro, de olhos azuis
Não tinha profissão
O mais diferente do próprio Fernando Pessoa
Temas do poema
Atitude sensacionista: poeta das sensações verdadeiras;
Importância atribuída à visão
Postura Antimetafísica: recusa do pensamento e da compreensão
1ª Estrofe
O sujeito poético inicia o poema com uma comparação, compara o seu olhar "azul" e "calmo" com o "céu" e a "água ao sol", para mostrar a pureza, a perfeição e tranquilidade da vida quando em contacto com a Natureza.
Esta comparação é realizada a partir do contacto imediato com a realidade, por isso podemos concluir que é livre de qualquer análise ou pensamento.
2ª Estrofe
O sujeito lírico considera que a reflexão e a intelectualização perturbam a beleza e a espontaneidade da natureza.
Esta oferece-se ao olhar do sujeito lírico sem mistérios; as coisas são o que são e nada mais.
3ª Estrofe e 4ª Estrofe
Mesmo se nascessem flores novas no prado e se o sol mudasse para mais belo, ele iria sempre preferir as flores e o sol antigo, porque tudo deve ser aceite como é, não havendo nada a questionar.
A atitude de pensar, para Caeiro, é inimiga da natureza, pois a natureza não tem que ser entendida, apenas e simplesmente admirada.
A única forma de conhecimento que o sujeito lírico admite é a que resulta do contacto imediato com a realidade.
Recursos linguísticos
Alberto Caeiro utiliza dois processos linguísticos para conseguir uma escrita próxima da realidade, aproximando a sua linguagem poética da prosa: frases coordenadas copulativas - "e me espantasse"; "Não nasciam... Nem mudaria"; "E se o sol mudasse“ a explicação de uma ideia com a repetição da mesma ideia – “Porque tudo é como é e assim é que é”.
Uso do pretérito Imperfeito do conjuntivo e de orações subordinadas condicionais para expressar uma hipótese
Utilização dos