Análise do filme “Instinto”
Sobre o filme: O filme conta a história de um antropólogo, Dr. Ethan Powell, que desaparece em uma das suas viagens a trabalho. É encontrado dois anos após seu desaparecimento em Ruanda, onde vivia com chimpanzés. Quando foram resgatá-lo, mataram alguns chimpanzés com os quais ele costumava conviver e isso o levou a matar três homens e ferir dois. Ethan conseguiu a custódia do governo americano e passou a ser analisado pelo Dr. Theo Calder, um psiquiatra e psicoterapeuta, que vê neste caso uma oportunidade de ganhar reconhecimento no seu campo de trabalho. O psiquiatra conquista a confiança do antropólogo e aos poucos o Dr. Theo descobre que tem muito a aprender com o Dr. Ethan e passa a enxergar o mundo de outra maneira. A visão do antropólogo, que antes era baseada na experiência que ele tinha da civilização, muda quando ele tem a experiência na selva. No momento do filme em que ele observa os animais com a máquina fotográfica, ele tem uma visão que não era a do fenômeno em si, apenas uma visão de observador e, quando ele passa a ter o contato direto e não apenas observar. Esse fenômeno se apresenta para sua consciência de outra maneira, de maneira direta, pois ele percebe-se dentro deste contexto, visto que sua consciência não está separada do mundo, está inserida nele. A consciência está no mundo, é um movimento em direção ao mundo e está em constante transformação. O fenômeno que se apresentava para o antropólogo, sobre o grupo de animais, modificou-se a partir da mudança do ângulo que ele se encontrava.
Os funcionários do presídio interpretavam a doença mental como algo referente ao homem, e não referente à relação deste com o mundo e os outros, já o psiquiatra suspendeu os juízos prévios que tinha sobre a doença mental.
Os funcionários tinham uma visão generalizada sobre a doença mental em relação à visão de homem proposta pela psiquiatria, de maneira rotulada (considerando todos loucos,