Análise do filme o sorriso da monalisa
METODOLOGIA E DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR
CRÍTICA SOBRE O FILME “O SORRISO DA MONALISA”.
PELOTAS
2012
O filme “O sorriso de Monalisa”, dirigido por Mike Newell e estrelado por Julia Roberts no papel principal, seguida por um ótimo elenco de atores como Kirsten Dunst, Julia Stiles, Maggie Gyllernhaal, Marcia Gay Harden e Dominic West, entre outros, se passa na década de 1950, tempo em que o papel das mulheres era rigidamente definido e estritamente direcionado ao casamento, tendo-o com ponto principal e final de suas vidas. O filme em questão relata diversos aspectos da vida em sociedade, independentemente da época, lugar e personagens: articulações políticas, afetivas, sexuais; tradição, conservadorismo, aparência; humor, amor e drama. Inevitável não pensar no filme como uma reprodução feminina de A Sociedade dos Poetas Mortos, já que ambos se passam em um tempo permeado por conservadorismo, tradição, intransigência e aparência. Tendo, inclusive, em ambos os filmes, além do pano de fundo (uma escola) e de dois professores à frente do seu tempo, uma sociedade discente secreta e insurgente, composta por membros que – em espaço privado e incógnito da escola – se sentem livres para fazerem o que quiserem, libertando-se dos grilhões escolares cotidianos. Interessante observar que a parte inicial do filme começa com alguém datilografando, em uma máquina antiga de escrever, uma impressão sobre a professora de História da Arte, Katherine Watson (Julia Roberts), acompanhada da leitura silente da digitadora (uma das alunas: Elisabeth War). Curioso notar que a história começa com a escrita. Letra a letra. Como em um livro. E o filme é retratado como se o fosse: um livro sobre a libertação. E a palavra “livro” é oriunda do latim líber, radical que nos legou tanto a palavra “livro” quanto a palavra “liberdade”. E é isso exatamente o