Análise do filme "sociedade dos poetas mortos"
O filme é um drama que se passa em uma escola tradicional de segundo grau, onde o ensino é rígido e a didática é voltada para a formação superior. Tudo começa a mudar quando um professor decide adotar um sistema divergente da escola, levando os alunos a pensarem por si mesmos, a serem autocríticos.
Os instrumentos profissionais utilizados por Cintia Freller também fogem completamente dos tradicionais. A mesma não atribui aos alunos indisciplinados a baixa qualidade da escola. Assim como o professor descrito no filme, a psicóloga não quis tornar os alunos submissos a uma realidade escolar inquestionada, mas lutar contra os que tentam impedi-los de serem sujeitos ativos.
O filme critica a educação tradicional onde o aprendizado acontece de forma mecânica: o professor fala, o aluno ouve sem que o mesmo reflita sobre os assuntos, não correlacionando com o cotidiano. O modelo da escola tradicional considera o aluno como objeto a ser moldado, não se preocupando em fazer com que o aluno aprenda a pensar, sendo passivo do modelo de ensino. O resultado é a formação de cidadãos despreparados para conviver em sociedade, aceitando o que lhes é imposto sem contestar.
Para Freller, os psicólogos devem pensar o corpo teórico da psicologia ao invés de reduzi-la a uma técnica incontestável, pois, desta forma os profissionais não devem aplicar procedimentos técnicos de diagnóstico para não transformarem a psicologia em uma máquina rotuladora.
No filme, o método de ensino do professor foi visto como incentivo aos atos de rebeldia dos alunos, tendo em vista que o professor também foi rebelde ao fugir da didática imposta pela instituição. Freller acredita que os atos de indisciplina ocorrem quando há resistência ao instituído pela escola, é uma luta contra a repressão, contra os que tentam silenciá-los e torna-los objetos.
O filme nos faz perceber o quanto o papel do professor é importante para a formação de cidadãos críticos,