Análise do filme Inteligencia Artificial
Após adentrarmos ao simbolismo por excelência que é nossa linguagem, passamos nossa vida em busca da satisfação de nossos desejos. Em nosso tempo vivido, nos entrelaçamos ao Outro e Nele teremos e faremos nosso constante encontro com nós mesmos, onde, teremos em nosso horizonte esta busca infinita de satisfação que permeará o cotidiano de nossas vidas, acabando por ser esta uma fonte para nossa existência.
DESENVOLVIMENTO
No filme inteligência artificial, podemos ver em um ser idealizado a partir das bases de relacionamento e de construção do ser humano, com pequenas bases de aprendizado implantadas em um robô, que é elaborado para receber de um cotidiano, um conteúdo que o alimentará numa espécie de psiquismo humano. O menino inicia sua estória junto a família que o recebe, com uma perspectiva de se fazer existir junto a eles, impactando-os com sua existência. A complexidade traga na proposta de Steven Spilberg em fazer um robô com alma humana, faz da existência daquele menino robô um grande desafio: o de não ser apenas um objeto, mas um ser querido, amado por aquela família, sobretudo por aquela mãe. Se já há naquela “alma” um desejo de ser reconhecido, aceito, amado por aquela família, tal desejo ganha proporções ainda maiores, quando o filho humano se recupera e entra em cena. A criança além de trazer um ar de disputa pelo reconhecimento dos pais, traz ainda a consolidação da necessidade de ser reconhecido. O menino robô assiste ao carinho dos pais, sobretudo da mãe a aquela criança de verdade, dispensando-o cuidados, dedicação e afeto, quando em um destes cuidados a mulher põe o filho pra dormir, contando pra ele uma estória de Pinóquio. Atento, o menino robô vê naquele conto de fadas, sua grande busca que é ser transformado em um menino de verdade para obter o amor da mãe. Após sua brusca retirada do seio daquela família, por representar perigo ao filho, o menino robô se vê órfão, abandonado e seu único desejo é o de ser reconhecido, de