Análise da obra “do contrato social e discurso sobre a economia"
A Obra “Do Contrato Social e Discurso sobre a Economia Política”, talvez tenha sido a principal obra do filósofo político Jean Jacques Rousseau. Tal obra foi escrita durante o século XVIII e, portanto, deve ser sempre lida com vistas a considerar a época em que foi escrita. Embora Rousseau ainda cultivasse as idéias burguesas, assim como os pensadores de sua época, ele nos trouxe grandes contribuições para a compreensão de conceitos referentes à política, a economia, ao Estado e ao Direito, por exemplo.
A referida obra em análise encontra-se dividida em “Do Contrato Social ou Princípios do Direito Político”, onde encontramos quatro livros subdivididos em vários capítulos. E, por fim a parte que se refere ao “Discurso sobre a Economia Política”.
Passando a analisar de forma sucinta esta obra, começaremos, pois, pelo livro primeiro “Do Contrato Social”, composta por nove capítulos. Neste primeiro livro o objetivo principal do autor é determinar o fundamento legítimo da ordem social, revelando que não se trata de direito natural nem tampouco de força, mas de uma convenção determinada pelo contrato social. Rousseau afirma: “‘Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja de toda a força comum a pessoa e os bens de cada associado, e ela qual cada um, se unindo a todos, obedeça apenas, portanto, a si mesmo, e permaneça tão livre quanto antes’. Este é o problema fundamental a que o contrato social dá a solução”. (1981: 27)
No livro segundo, dividido em doze capítulos, Rousseau trata das questões referentes à soberania em si, seus limites, bem como da lei que exprime a vontade do soberano. Assim, ele coloca: “Como a natureza dá a cada