Análise Crítica - Um crime americano
No filme um casal que trabalhava no circuito das feiras de parques de diversão, resolvem por questões pessoais e para tentar dar um rumo nas vidas de suas duas filhas, deixar as meninas por um tempo com Gertrude Baniszewski, em troca a já mãe de seis filhos pedia 20 dólares por semana, dinheiro que acreditava que iria ser de grande ajuda para suas condições de vida. A dona da casa vivia visivelmente amargurada e nervosa, nervosismo esse que ficou mais evidente para Sylvia e sua irmã Jenny quando o cheque de seus pais atrasa dois dias do previsto e inesperadamente Gertrude resolveu castigar as duas meninas pelo ocorrido. Já psicologicamente afetada na idade que estava, talvez por tantos problemas e tão pouco dinheiro, Gertrude começava a achar sempre um motivo para castigar Sylvia, ainda mais depois da mentira contada por sua filha mais velha de que a menina espalhava por ai que ela, Paula, estaria grávida, o que na verdade estava certo, mas não caiu em conhecimento das pessoas por causa da personagem interpretada por Ellen Page. Depois desse último caso os espancamentos e abusos da menina começaram a ficar mais frequentes, doloridos e chocantes, até culminar no ápice da brutalidade contra a mesma, quando ela ainda machucada de seu último castigo, foi jogada no porão e por lá ficou por meses, sendo tratada pior do que um animal indesejável.
No porão Sylvia sofreu queimaduras, espancamentos e tantas outras brutalidades, mas não só pelos membros da família, também pelos jovens e crianças da vizinhança que eram chamadas pelas filhas de Gertrude para “brincar” com a menina. O filme tem alguns cortes muito interessantes para o tribunal onde está sendo julgado o caso, o diretor O´Haver alternou sequências de tribunal - nas quais todo o diálogo foi