Análise comparativa entre Raízes do Brasil de Sergio Buarque de Holanda e Casa Grande e senzala de Gilberto Freyre
Grande em Senzala de Gilberto Freyre
Neste trabalho, desejo abordar as relações entre os estudos de Sergio Buarque de
Holanda apresenta na obra “Raízes do Brasil” com os dados históricos apresentados por
Gilberto Freyre em “Casa Grande e Senzala”. Ambas obras publicadas nos anos 1930 e que resultaram forte impacto sobre os estudos das ciências sociais, dentre elas a antropologia que utiliza de seus dados para estudar a figura do brasileiro hoje a luz de informações dos períodos da colônia e o império.
Ambos os autores quebrar com o paradigma de se buscar fontes de estudo que privilegiavam o ponto de vista dominante, assim como abordado na celebre frase de
George Orwell: “A história é escrita pelos vencedores”. Até então todos os documentos e estudos feitos eram embasados em escritos de missionários, exploradores, e membros das elites brancas, portuguesas ou não, que conquistaram esta terra e a colonizaram. Aos negros e índios, cabiam relatos ficcionais de grupos incultos e selvagens, chegando ao ponto de se discutir se teriam eles alma ou não. Gilberto Freyre é o primeiro a quebrar este modelo ao utilizar em sua obra de 1933 documentos considerados “não históricos”, ou nem ao menos considerados documentos, como receitas, cartas, notas de comercio, diários de viagem e coisas do gênero. Desta forma sua obra pode analisar muito bem a história a partir da vida de escravo, índios e mulheres. Buarque de Holanda faz a mesma reflexão ao defender a inclusão destes grupos marginalizados na construção do passado
Brasil, e assim, inclui-los nos processos futuros. Neste sentido, a obra do autor é não só uma análise social / cultural / histórica do país, como também uma defesa destas minorias no processo do país. Esta inclusa ajudou a compreender a história a partir de outras verdades, que não se anulam, mas se completam. As duas obras chegam em um
“meio-termo” do que foi o