Antropologia
Cada indivíduo possui conhecimento limitado sobre a própria cultura e ao mesmo tempo possui conhecimento o suficiente para agir dentro dela sem causar desordem, o que significa que cada um de nós possui o conhecimento que nos compete, o conhecimento necessário para que funcionemos como um maquinário, a partir do momento em que a cultura depende da integração dos indivíduos para que funcione corretamente. Tomamos como exemplo um professor, que não pode construir uma mesa para si próprio por não possuir o conhecimento necessário para tal, ele não fora treinado nesta área do conhecimento, deste modo ele pode pedir ao carpinteiro que “por favor” lhe construa uma mesa, o uso dessas palavras é essencial para que ele tenha do carpinteiro a resposta desejada, um uso inadequado de palavras ou mesmo uma ordem direta ou dita de forma errada pode acarretar numa resposta que não agradaria o professor, o que resultaria numa discussão.
Da mesma forma que o professor não pode construir uma mesa sozinho por não possuir as habilidades e o treinamento necessário, o carpinteiro não pode ensinar cálculos matemáticos avançados e regras gramaticais aos seus dois filhos. Dependendo do seu nível de instrução, ele poderia até transmitir algum conhecimento básico acerca de ambos os assuntos, mas ainda assim, a instrução requerida necessita certo nível de profundidade, um aprofundamento num conhecimento avançado que só o professor pode transmitir, aprofundamento que o carpinteiro, que fora treinado para manipular a madeira e construir coisas, não possui devido à sua formação. Dessa maneira, ele deve recorrer ao professor para o que o mesmo assuma a tarefa de instruir as crianças. Assim, poderiam ambos chegar à um consenso e estabelecer uma troca: “eu construo a mesa, você educa os meninos”, é assim que o engenho da cultura funciona, a socialização dos indivíduos resulta numa troca de conhecimento que favorece a todos.
Mas e quando