antropologia
O texto trata de uma dessas ciências sociais, a antropologia, que trabalha tradicionalmente com métodos de pesquisa qualitativo, que embora pareça com o quantitativo , se diferem pelo fato de que o qualitativo inclui a observação, a entrevista aberta, o contato direto, pessoal, com o universo investigado.
A sociedade se divide em aspectos culturais diferentes, e nem sempre são explicitados, o que exige um esforço maior, mais detalhado e aprofundado de observação, juntamente com a empatia (que consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma racional e objetiva o que sente o outro indivíduo). Mas pôr-se no lugar de um outro indivíduo e captar suas vivencias e experiências particulares envolve um problema mais complexo pela questão da distância física do ambiente de estudo e a distância psicológica . Entende-se por distância psicológica, que o julgamento de pessoas é alterado conforme estamos “quentes” ou “frios”, as diversas avaliações também podem ser mudadas se estamos psicologicamente mais ou menos distantes da pessoa, fato ou situação a ser avaliada. O julgamento será mais “quente” (afetivo) quando estivermos mais perto da situação e mais “frio” (cognitivo) quando estivermos mais distante.
O que sempre vemos e encontramos pode ser familiar mas não é necessariamente conhecido, e o que não vemos e encontramos pode ser exótico, até certo ponto, conhecido.
Estamos sempre pressupondo essas familiaridades e exotismo como fontes de conhecimento ou desconhecimento. Por isso um pesquisador deve se conectar ao universo que está estudando para se familiarizar e enxergar alem do que o seu exotismo permite, mesmo que nem sempre seja preciso o tempo que ele levaria