Antropologia
Participaram da formação do povo brasileiro três elementos étnicos: o índio, o negro e o branco. Durante a colonização, as miscigenações entre essas entre esses elementos étnicos deram origem a três tipos de mestiços:
Mulato: mestiço de negro com branco;
Caboclo: mestiço de índio com branco;
Cafuzo: mestiço do índio com o negro.
O MITO DA DEMOCRACIA RACIAL
Alguns estudiosos diziam que a miscigenação entre brancos, índios e negros formou no Brasil uma sociedade capaz de vencer as enormes diferenças raciais e culturais. Esses estudiosos falam na criação de uma democra-cia racial, isto é, uma ativa troca entre as raças que teria contribuído para uma confraternização sociocultural.
Entretanto, estudiosos mais críticos afirmam que essa democracia racial é falsa. As relações do conquistador europeu com os índios e negros sempre foram marcadas por profundas desigualdades, destacando-se a es-cravidão como exemplo.
A intensa miscigenação racial não conduziu a nenhuma democracia. Pode-se, isto sim, reconhecer que as dis-tâncias sociais tornaram-se, no Brasil, mais perversas e insuportáveis que as diferenças raciais. Porém, ambas existem e quase sempre andam juntas.
O ÍNDIO
Atualmente, existem no Brasil cerca de 300 mil índios. Todos esses índios representam bem menos do que 1% de toda a população brasileira.
Na época em que os portugueses chegaram ao Brasil, a situação era completamente diferente. Calcula-se que havia aproximadamente 5 milhões de índios vivendo no Brasil. A população indígena era superior a toda a população existente em Portugal.
A população indígena foi massacrada pelo conquistador europeu durante o processo de colonização.
Nos primeiros contatos, os europeus pensavam que todos os índios eram iguais entre si, falavam a mesma língua, tinham as mesmas crenças, utilizavam as mesmas técnicas de trabalho e obedeciam às mesmas nor-mas sociais.
Mas, aos poucos, perceberam a existência de grande variedade de