Antropologia
“Existe uma espécie humana idêntica, mas que se desenvolve (tanto nas suas formas tecno-econômicas como nos seus aspectos sociais e culturais) em ritmos desiguais, de acordo com as populações, passando pelas mesmas etapas, para alcançar o nível final que é o da civilização” (texto A pré-história da Antropologia, p.-65). É a partir dessa breve definição do pensamento teórico antropológico que se constrói o cenário para a discussão em voga.
Primeiramente, vale ressaltar que a trajetória da antropologia, para chegar ao seu formato atual, foi longa. Deparou-se com diferente ideologias, com diferentes formas de enchegar o homem (figura do homem selvagem e do homem civilizado), até que, finalmente, no século XVIII começa a encontrar seus verdadeiros elementos e meios de estudo, sendo um deles a teoria evolucionista.
A revolução industrial inglesa e a revolução política francesa foram fatores importantes para uma mudança significativa na sociedade. Tais revoluções trouxeram consigo novos grupos socias, novos pensamentos e portanto novos comportamentos. Um novo mundo estava nascendo, e com ele novos desafios. Torna-se este o ambiente ideal para a exploração do evolucionismo.
O evolucionismo encontrará sua fórmula mais elaborada na obra “Ancient Society”, de Morgan. Outros, como Hegel e Pauw afirmam que as populações não-civilizadas, são populações que não partilham de uma história de existência, continuam do mesmo modo em que foram formadas. Já para Haeckel, o indivíduo acompanha a espécie.
O estudo das sociedades segue o mesmo caminho do estudo das naturezas, o que torna tal teoria igualmente simples e suspeita. E portanto, passível de críticas. São essas: com o evolucionismo, torna-se normal avaliar o “atraso” de uma sociedade perante a outra e faz-se também justificativa para o colonialismo, ou