antropologia
Os australopitecos, ao que tudo indica, surgiram entre 3,6 e 3,2 milhões de anos atrás. Há cerca de dois milhões de anos, surgiu o Homo erectus, com um cérebro 2,5 vezes maior que o dos australopitecos de que se originou, mas de volume correspondente a 70% do volume do nosso cérebro. Ele já confeccionava instrumentos de pedra e caçava grandes animais. Controlava o fogo, ainda que não o produzisse.
O avanço da hominização, isto é, do processo evolutivo que originou o gênero humano, levou à sapientização, ou seja, à formação do homo sapiens, cujo despontar se verifica, de acordo com vários estudiosos, entre 250.000 e 200.000 anos atrás. Nessa altura, teria surgido o homo sapiens neanderthalensis, variedade que chegou a coexistir com a nossa, e aparentemente se extinguiu disputando espaço e comida com ela. O homo sapiens sapiens terá aparecido, segundo hoje pensam os estudiosos, um tanto mais tarde, quiçá por volta dos 120 mil anos atrás. Portanto, nossa espécie é a única que hoje existe do genus homo, ou seja, do gênero humano (porque as outras desse gênero desapareceram); e é uma espécie um bocado nova. Na escala evolucionista, sua aparição pode ser considerada recente.
Os antropólogos acentuam uma característica importante da nossa espécie: o nascimento prematuro e a infância longa nos caracterizam de forma constitutiva. Como acontece com alguns outros mamíferos, os homens nascem precocemente. Um recém-nascido humano é, na verdade, um feto ainda em maturação. Isto também se dá com o canguru; mas a fêmea deste animal dispõe de uma bolsa onde o guarda e amadurece, a