Antropologia
Procurava-se explicar as diferenças entre os sistemas econômicos pela evolução social, ou seja, através de diferentes níveis de estágios da cultura. Morgan foi o primeiro a tratar sistematicamente os dados,. Segundo sua teoria evolucionista, a vida econômica teria passado por três estágios: a. bandos de coletores e caçadores – propriedade comum; b. aldeias fixas, com agricultura e pastoreio – propriedades familiares ou unidade política com tecnologia avançada – propriedades privadas ou estatais. Todavia, essa colocação não foi mais aceita por duas razões: As informações coletadas posteriormente, por um grande número de pesquisadores de campo, sobre economias primitivas e rurais - Boas, Malinowski, Firth e outros - revelaram uma enorme variedade de sistemas econômicos, não podendo, portanto, ser enquadradas nos referidos estágios. As informações mudaram qualitativa e quantitativamente a explicação evolucionista. A idéia de estágios de evolução não explica o atual processo de mudança econômica.
Os antropólogos estudam os sistemas econômicos das sociedades primitivas ou ágrafas, preocupando-se com quem faz e por que faz. Interessam-se em saber: como essas sociedades conseguem sua subsistência; quais as fontes de seus alimentos; como o trabalho é organizado; como são distribuídos os bens e serviços; quais os bens mais apreciados; qual o calendário das atividades sazonais; qual o tempo dedicado aos diferentes tipos de trabalho. Raymond Firth, o principal estudioso da Economia nas pequenas sociedades, definiu-a como "aquela ampla esfera da atividade humana que diz respeito aos recursos, suas limitações e