antropologia

ANTROPOLOGIA, ÉTICA E CULTURA

1- FINALIDADE DA EXISTÊNCIA HUMANA
Na tentativa da procura de um sentido para a existência humana, surgiram ao longo dos tempos inúmeras teses as quais foram defendidas por diferentes filósofos. O filósofo Comus, por exemplo, via a existência como absurda, uma vez que não tem um sentido, para ele, mesmo que tentássemos dar um sentido, a morte vem sempre tornar esse sentido absurdo, já para o filósofo Epicuro a existência apresenta um sentido de alcance da felicidade, que diz respeito ao conjunto da nossa vida a uma reflexão dos nossos atos.
O sentido da vida humana pode ser considerado como a direção que tomamos ou que percorremos, todos somos dotados de liberdade e de escolha com atitudes que provem de uma cultura, e é com ela e a partir dela que os humanos se relacionam com o mundo, consigo mesmo e com suas criações, mas, com o passar dos tempos e com a evolução da mente humana o homem adquiriu vários conhecimentos, os quais tornou-o um ser extremamente individualista, passando a viver num universo sem sentido, na busca constante pela competitividade até com a própria natureza, transformando nossa cultura em uma sociedade meramente capitalista e egoísta, que moldura e estereotipa o individuo em função do próprio lucro. O ser humano não pode ser diluído e apagado num todo, uma vez que cada um é um ser concreto, único e de valor insubstituível na sua vida quotidiana e no seu contexto particular e não deve ser entendido como uma entidade metafísica abstrata.
O homem precisa urgentemente resgatar a sua essência não somente para a transformação particular, mas também para a transformação universal. Resgatar a sua essência significa ir atrás de um existir autêntico que supõe compromisso e risco, em busca da sua verdade. Verdade esta que é fruto da ação e não de um pensamento teórico, mas antes é preciso viver essa verdade antes de qualquer escolha, para que essa não seja mais feita no