ANTROPOLOGIA E EDUCAÇÃO
A Antropologia surge como ciência no final do século XIX, no momento de intensa efervescência intelectual em toda a Europa. O conceito de progresso, desenvolvido pelos humanistas do século XVIII, universalizando-se consolida o conceito de evolução. Os primeiros antropólogos se esforçavam para estabelecer a ciência da cultura, através da construção do esquema evolucionista da cultura, para explicar a diversidade cultural do homem, para assim reconstruir, inspirados no evolucionismo biológico, os estágios de evolução cultural da humanidade, até chegar ao estágio de evolução da civilização européia.
O Evolucionismo deu importante contribuição ao conhecimento antropológico, ressaltando a importância da cultura, como fenômeno observável, analisável, interpretável, o que lhe confere o estatuto de objeto de estudo cientifico. Possibilitando a utilização do método comparativo como substituto do método experimental, como forma de analisar e explicar os fenômenos culturais e permitir a construção de generalizações empíricas sobre cultura e diversidade cultural.
Sendo que as análises evolucionistas foram em grande parte deficientes, equivocadas, preconceituosas, dando suporte, por exemplo, a uso vulgares. Dando sustentação ao racismo, justificando uma infundada relação causal entre raça e evolução cultural. Disseminando a ideologia etnocêntrica da superioridade das culturas européias como verdade.
O antropólogo evolucionista raramente recolhe ele próprio os materiais que estuda. O que importa não é a problemática de etnografia enquanto prática intensiva de conhecimento de uma determinada cultura, mas a tentativa de compreensão, a mais extensa