Antropologia Médica
Quem não sabe isso, não é médico
Antropologia médica: do fenómeno humano ao mistério da pessoa
Ano letivo 2014/2015
Helena Sofia Aguiar Valente
Nº Mecanográfico: 201403567 hsvalente@hotmail.com 915333381
Introdução
“O que é o Homem?” é uma questão muito abstrata. A própria resposta à pergunta diz um pouco sobre o que cada um é. Pode-se estabelecer uma definição singular daquilo que é um ser como um só? Ou não seremos todos um só multiplamente?
O fenómeno humano e mistério da pessoa são dois conceitos muito distintos, cuja diferenciação reside essencialmente nas palavras “humano” e “pessoa”.
Humano é um ser vivo, constituído por órgãos e tecidos, um sistema dependente de condições físicas e químicas. Pessoa, por sua vez, é um ser pensante, provido de emoções e memórias, sentimentos e disposições.
Apresento assim uma reflexão pessoal sobre antropologia médica neste trabalho.
Desenvolvimento
Todo o envolvimento médico-paciente é dependente de uma série de condicionantes éticas, emocionais e sociais (logo, por sua vez, temporais).
Vida e morte, saúde e doença, corpo e alma, dor e sofrimento, esperança e esperanças, entre outros e ditos assim ou com outras formulações, são alguns pares de palavras que atravessam o tempo e se cravam nos dias de cada geração à procura da abordagem que cada geração, em cada espaço, lhes possa oferecer.
Esta dualidade está inteiramente dependente da performance e empenho do médico, podendo recair o paciente entre a vida e a morte, a saúde e a doença. Por esta mesma razão é importante, desde cedo, cultivar a responsabilidade e seriedade, implementando uma raiz sólida de carácter naqueles que, de futuro, serão médicos e sobre os quais vai recair a saúde pública.
Gadamer propõe a Medicina como arte de compreensão e diálogo, unificadora do saber científico, do saber fazer e do saber ser, na prática médica e no treino médico.
Medicina é, deste modo, mais do