Antropologia filosófica
O objetivo da Antropologia Filosófica é desvendar o fundamento da existência do homem enquanto pessoa humana. Essa disciplina aborda o ser humano de maneira integral, incluindo a sua dimensão existencial, as realizações culturais e o desenvolvimento histórico da sociedade onde ele vive. Segundo o professor Juan Antônio Acha, a Antropologia Filosófica é uma disciplina relativamente nova não tem mais de cem anos; já a filosofia ocidental tem mais de 2.500 anos – que propõe um estudo filosófico sobre o homem. Ela recupera perguntas muito antigas, que vêm dos filósofos da Grécia Antiga, como: Quem é o homem e, portanto, quem sou eu? Qual é o sentido da existência? Em que medida o homem é ser? Qual é o seu nível ontológico (relativo ao ser)? “Antropologia Filosófica é a disciplina que tem o homem como objeto de sua investigação, com a finalidade de esclarecer os aspectos fundamentais de sua essência e existência” (GEVAERT, 1995, p. 21, apud “CRC”). Lembro que etimologicamente Antropologia vem do grego “anthropos” (homem); a terminação “logia” significa estudo ou ciência. (Não é um saber ligado à opinião – “doxa” em grego; mas um saber baseado na reflexão, “episteme” em grego). Assim, Antropologia significa etimologicamente “ciência do homem” ou aquela que estuda a pessoa humana; Filosofia vem do grego filo (amigo) e a terminação “sofia” significa saber, neste caso um saber elaborado. Elas são várias. Na Grécia Antiga, os filósofos pré-socráticos voltaram-se para o estudo da natureza. Um deles, Heráclito, logo percebeu que o homem era o ponto mais alto da natureza, porque tinha capacidade de perceber o sentido das coisas. Outro pré-socrático, Parmênides, percebeu a capacidade única do homem de “raciocinar sobre as aparências e compreender a realidade”. Um terceiro, Pitágoras, considerou que o homem tem uma alma imortal, de natureza divina, enquanto o corpo é mortal. Por sua vez, Sócrates destacou a consciência