Antropologia filosófica
O estudo da Antropologia Filosófica se diz como a reflexão do homem e de sua natureza. Com o objetivo do questionamento acerca do homem, do lugar que ele ocupa no Universo e de sua função como fazedor da história e criador de criaturas.
Não há apenas uma explicação/conceito de natureza humana, ao longo dos séculos, a ideia de natureza humana veio se modificando em consequência das mudanças históricas e sociais, alguns estudiosos nos trazem as diferentes formas de pensar acerca deste assunto.
Para Sócrates o desenvolvimento das faculdades intelectuais é um ponto chave para a compreensão do homem. A virtude tem na sabedoria da “alma” sua base de ser. Platão diz que, o homem é essencialmente a alma e a política, é a arte através da qual a alma chega a sua realização. Há em Platão uma preocupação em unir o saber e a política. Aristóteles pensa que a racionalidade é o elemento que diferencia e peculiariza o homem, que é por natureza um animal político, ele afirma que a justiça é a base da sociedade, e quando aplicada, garante a ordem e a felicidade.
Em se tratando de distintas épocas, podemos destacar o Homem Medieval e o Homem do Renascimento. O Homem Medieval situa-se a doutrina do cristianismo, onde o homem foi criado por um ser poderoso, mantendo com o mesmo, uma relação essencial fundada na existência paradisíaca. Para este homem, o percurso da vida se resume na vivencia em busca da unidade original, que só será alcançada após a morte, quando então a alma, já sem o cárcere do corpo, retorna a essência divina. Já no Homem do Renascimento, que pode ser definido como a aurora do capitalismo, a maneira de viver do homem renascentista revela uma gradual dissolução dos laços naturais que ligavam o homem a família, as tradições, à comunidade e a estrutura social global. Isso se faz acompanhar de um modo gradual o afastamento da concepção cristã de homem. O homem do renascimento tem como consciência do seu poder criativo e