Minha terra tem palmeiras
Disciplina – Psicologia Escolar
Acadêmica - Rosana Morais da Silva
Uma História do Olhar e do Fazer do Psicólogo na Escola
Num país e num tempo em que tudo parece carecer de mudanças, o psicólogo tem se defrontado com amargas críticas á sua atuação. No que diz respeito ao lugar que (não) ocupa nos espaços institucionais de atenção a saúde mental ou ainda ao descompasso entre o seu saber fazer e as necessidades da população. Os psicólogos devem ter a capacidade de extrair crescimento do conflito, buscando reconhecer e articular diferentes níveis de compreensão do seu objeto, além de construir parâmetros para a avaliação de suas práticas. Alguns psicólogos sentiram se chamados a identificar as possíveis determinantes das estatísticas de reprovação. Com o instrumental disponível na época, contatou-se o esperado: a criança, avaliada em condições precárias por instrumentos estandardizados para outra população, tinha um desempenho abaixo dos padrões médios. Podiam, então ser encaminhadas para as classes especiais, de preferência com o QI anexado, um passaporte para o fracasso. O “ laudo” tão solicitado pelos professores pouco indicava sobre formas de atenção a serem oferecidas em sala de aula para cada criança. As crianças das camadas “ populares-oprimidas-majoritárias carentes “ deixavam de ter os elementos lingüísticos, cognitivos e socioculturais necessários ao bom usufruto dos bancos escolares. O exercício da função diagnosticadora não garantiu a inserção e o trabalho sistemático do psicólogo na escola.Conceitos como o de carência cultural, inteligência limítrofe, imaturidade psicomotora ou desordem emocional ainda hoje alimentam e explicam o acerto das profecias de não-aprendizagem. Trabalhávamos numa perspectiva pouco questionadora da Escola. Os psicólogos estariam fora de escola, atendendo as crianças encaminhadas, as