antropologia da religiao
É interessante perceber as diferentes posições críticas dos estudiosos citados. Enquanto Spinoza afirma a superioridade do Estado sobre a igreja, Vico afirma que a história dos povos começa pelas religiões. Os estudos sobre a religião devem ter sido mais frequentes a partir das várias opiniões/questões diferentes que os próprios religiosos (ou não) devem ter levantado.
Estudar Religião na Universidade nos faz tomar a consciência de sua importância no âmbito acadêmico e define novas concepções sobre o conhecimento científico a cerca de religiões alheias, traz como forma critica o respeito à diversidade dentro da Universidade e no mundo. Propõe que em nossa vida profissional, lidaremos diariamente com o embate religioso dentro da sociedade. Parece clichê, mas tenho observado dentro da minha profissão (Enfermagem) a dificuldade para transfundir uma bolsa de concentrado de hemácia em pacientes que são de determinados grupos religiosos, onde preferem a morte a serem transfundidos, e são nessas pequenas grandes decisões que esta disciplina toma um embate: salvar a vida do paciente ou deixá-lo morrer por sua concepção religiosa?
Um aspecto interessante que o texto aborda e que deve ser exposto é a autotranscendência do homem. O ser humano sempre está em busca de solucionar e explicar tudo o que está a sua volta e como muitas coisas não são explicadas pela ciência, busca-se de alguma outra maneira explicar e justificar o porquê de sua existência. É principalmente nesse meio que a religião torna-se vigente nas relações humanas, ela pode satisfazer a necessidade de justificativa do que ainda não foi justificado pela ciência. Portanto, como o próprio texto nos traz, o homem apresenta esse caráter religioso há cerca de 150 mil anos e as religiões modificaram seus conceitos ao longo do tempo e de acordo com as suas “necessidades de justificativa”.
A religião perde seu sentido se não trouxer ao homem a oportunidade da melhora, o fenômeno religioso não pode ser