Antigona
Escrita por Sófocles, dito por alguns como o melhor dramaturgo clássico [01], finalizando a hexalogia [02] de Édipo [03], ou o ciclo de Édipo, relata o final da família dos Labdácias.
A peça foi apresentada pela primeira vez, provavelmente nos idos de 441 a.C., no Teatro Grego em Atenas, na competição das Grandes Dionísias ou Dionizadas, evento sobretudo religioso, realizado anualmente, sempre no início da primavera grega (março).
A história passa na cidade de Tebas [04]. O prólogo é a batalha dos sucessores do trono de Édipo, Polinices e Etéocles, na ágora tebana localizada no frontispício do palácio real. Etéocles não tendo honrado sua promessa de revezamento anual do trono com seu irmão Polinices, sofre deste uma tentativa de sublevação, através da expedição armada que ficou conhecida como "Sete contra Tebas" [05]. Nome da eexpedição alusivo às sete portas que guarneciam a cidade, sendo que em cada uma delas houve uma batalha diferente entre os chefes de cada exército.
Na luta pelo poder, a batalha da sétima porta foi travado num combate homem a homem, entre Polinices e Etéocles. Nesta guerra de espada contra espada, a comoriência tem um dos seus primeiros exemplos [06].
É erigido à coroa, Creonte, tio de ambos os falecidos. Este decide pelo enterro com honrarias de Etécocles, e, por meio de um decreto [07], interdita qualquer tebano sepultar ou chorar o corpo de Polinices, ficando assim este insepulto.