antifungicos
O desenvolvimento de novos antifúngicos, nos últimos anos, tem impactado profundamente o campo da micologia médica.
Desde 1900, quando o iodeto de
potássio foi pela primeira vez utilizado no tratamento da esporotricose, até o final do século XX, poucas eram as alternativas terapêuticas para o tratamento de infecções fúngicas. Desoxicolato anfotericina, flucitosina e azol B como miconazol e cetoconazol consistiam em algumas das alternativas disponíveis, porém estas demonstravam elevado potencial tóxico, o que limitava as condições de tratamento e reduzia a eficácia do mesmo. Embora a lista de substâncias químicas com ação antifúngica seja bastante extensa, esta se mostra ainda muito restrita quando contraposta ao número de drogas antibacterianas disponíveis. Uma vez que as infecções causadas por fungos representam uma complexa interação parasita de um organismo eucariótico sobre um outro eucariótico (homem e animal), portador de diferenças fisiológicas muito pequenas, quando comparado a infecções bacterianas, sendo assim necessário que as drogas antifúngicas tenham aplicação clínica adequada, com o mínimo de efeitos colaterais possíveis. Dessa forma, nas últimas duas décadas esforços vêm sendo direcionados para o desenvolvimento de novas drogas e formulações anti-fúngicas cada vez mais eficazes e menos tóxicas, capazes de melhorar o prognóstico de pacientes com micoses invasoras. As drogas antifúngicas exercem ações fungicidas ou fungistáticas, direta ou indiretamente. Os antifúngicos têm características especiais quanto ao mecanismo de ação, via de administração, ação em micoses superficiais e, ou sistêmicas, podendo ser classificados com base no sítio-alvo e estrutura química. Na ultima década, o uso de novas e mais efetivas drogas (antibacterianas e imunossupressoras) aumentaram a
sobrevida dos pacientes, porém tornaram estes organismos mais suscetíveis às infecções micóticas e reações de resistência.
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