Antiepiléticos
Epilepsia é um distúrbio comum a várias doenças, decorrente de despolarizações neuronais episódicas. O local da despolarização primária e o grau de sua propagação determinam os sintomas que virão a ocorrer, os quais variam de um breve lapso de atenção a uma convulsão completa, com duração de alguns minutos, bem como sensações e comportamentos estranhos.
A classificação clínica da epilepsia é feita com base nas características da crise convulsiva. Existem duas categorias principais, crises parciais, que são aquelas em que a despolarização é local, geralmente confinada a um hemisfério, e as crises generalizadas, que são aquelas que envolvem o cérebro por inteiro, produzindo atividade elétrica anômala em ambos os hemisférios. Cada categoria é classificada como simples, quando não há perda da consciência, e complexa, quando ocorre a perda da consciência.
A epilepsia muitas vezes não tem causa reconhecível, mas pode desenvolver-se após lesão cerebral, como trauma, acidente vascular cerebral, infecção, crescimento tumoral, ou ainda outros tipos de doença neurológica, incluindo várias síndromes neurológicas hereditárias.
Para tratar das crises epilépticas, existem os antiepilépticos, fármacos que deprimem seletivamente o Sistema Nervoso Central (SNC), inibindo a despolarização neuronal anômala, suprimindo assim as crises ou acessos de epilepsia.
Os antiepilépticos agem principalmente, por três mecanismos de ação: Potencialização da ação do GABA, inibição da função dos canais de sódio e inibição da função dos canais de cálcio. Veremos estes mecanismos de ação mais detalhadamente a seguir, juntamente com os medicamentos que agem por tais.
MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTIEPLÉPTICOS
POTENCIALIZAÇÃO DA AÇÃO DO GABA
Potencializam a inibição sináptica mediada pelo GABA. Isto pode ser obtido por potencialização da ação pós-sináptica do GABA, por inibição da GABA transaminase ou pela inibição da