Anne E O Coronel
Autora: Radhika
Coronel Fitzwilliam encontra em Anne uma pessoa muito diferente daquela frágil menina que sempre conhecera e, ao conhecê-la melhor, acaba encontrando a si mesmo.
Capítulo I
O coronel Fitzwilliam respirou aliviado assim que deixou o salão, longe da tagarelice de lady Catherine de Bourgh. Parado próximo ao portão, ele perscrutou o gramado e as castanheiras ao longe e considerou o que fazer a seguir. Tinha que resgatar o bom-humor perdido com as reclamações de sua tia em relação à ofensa à memória dos antepassados de Pemberley, durante quase duas horas. Após várias tentativas vãs de sair dali, ele se resignou à provação quando sua mãe, uma mulher sensata, lhe enviou uma nota pedindo-lhe que executasse urgentemente uma tarefa imaginária. Se ele soubesse que lady Catherine estava de visita, teria adiado sua chegada a Matlock. Por sorte, sua tia não ficaria para o Natal e partiria em dois dias.
Caminhando lentamente, ele estremeceu ao se lembrar do longo discurso da tia, indignada com a presença dos Gardiner em Pemberley no Natal. Embora só precisasse suportar a companhia dela no máximo duas vezes por ano, isso era suficiente para desgastar até mesmo um homem amigável e simpático como ele. Agora que Darcy estava casado e não mais era convidado a visitar Rosings, ele se perguntava se a tia continuaria a lhe estender o convite, no mês de março próximo. Ele sempre suspeitara que Darcy a persuadira a incluí-lo no convite. Ele apreciava sua estada em Rosings e havia alguns anos que tentava obter uma licença para se juntar a Darcy em suas visitas anuais. Ele excursionava pela propriedade, jogava bilhar com Darcy, cavalgava, se encontrava com a sociedade local e lia alguns livros. Mas, sem Darcy para dividir a torrente de conselhos da tia e com o atual humor em que ela se encontrava, ele não tinha certeza se a visita seria agradável e decidiu inventar alguma desculpa para não ir.
Ao alcançar o rio, aventou a possibilidade de ir até a vila