Analíse Roma Cidade Aberta
segue todo o material que preparei para uma aula sobre o filme Roma Cidade Aberta, do Rossellini. A convite dum pessoal muito legal do departamento de teoria literária, fui lá falar num curso de extensão só sobre cinema italiano. muito legal, a conversa fluiu bem, assistimos juntos ao filme e acho que pode ter dado uma clareada boa no tamanho da confusão da Itália daquele período.
foi bem gratificante: obrigada andré e dani, pelo convite! ( e foi muito legal ver meus alunos de italiano instrumental por lá também. me senti dentro duma universidade pública, profundamente.)
referências bibliográficas de onde saiu tudo isso:
FABRIS, Mariarosaria. O Neo-realismo cinematográfico italiano. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo. 1996. (repetindo muita informação que já estava presenta no fichamento do livro que postei aqui)
e claro o André Bazin no livro ‘Cinema’. Nos artigos em que ele disseca o Neorrealismo o Rossellini.
além deles, tudo o que digo, a essa altura, é pautado no Claudio Pavone, Una Guerra Civile, já todo fichado aqui também.
Roma cidade aberta, o filme
Neorrealismo
A origem do termo:
Lucchino Visconti diz que o montador de Ossessione (1943), Mario Serandrei, teria inventado o termo: ‘Não sei como poderia definir esse tipo de cinema se não com o epíteto de ‘neorrealístico’. Segundo outros autores, teria sido cunhado pelo crítico Umberto Barbaro, que o havia usado ao resenhar o filme ‘Quai des Brumes’, de Marcel Carné, na revista Film, também em 1943. O nome, dessa forma, nascia dois anos antes que o próprio fenômeno.
O que denota um amadurecimento da discussão teórica, mas não a existência de um movimento organizado. O Neorrealismo não tem manifestos, nem artistas organizados, nem obras apenas panfletárias e/ou engajadas, mas é um conjunto de manifestações artísticas todas frutos do mesmo ambiente, contaminadas pela experiência de um país arrasado por uma Guerra perdida e mas apioado moralmente