Analise
Atualmente no Brasil, onde sabemos que não há controle de natalidade e onde o planejamento familiar e a educação sexual ainda são assuntos pouco discutidos no âmbito familiar, a gravidez na adolescência acabou se tornando um problema social grave. O excesso de informações e liberdade recebida pelos jovens os levam à banalização de assuntos como o sexo. Essa liberação sexual, acompanhada de falta de limites e de responsabilidade, é um dos motivos que favorecem a incidência de gravidez na adolescência.
De certa maneira existe uma grande fragilidade na educação sexual, apesar de todo o avanço que esta sofreu. As escolas e os sistemas de educação não dão o devido valor às questões de cunho social. Dessa forma, temas como sexualidade, gravidez, drogas, entre outros, ficam restritos, quase sempre, aos projetos, semanas temáticas, entre outras ações pontuais. Além disso, é comum o teor sexual exposto pela mídia televisiva, muitas vezes desobedecendo à classificação indicativa do programa. O papel do Governo está limitado às campanhas que visão à informação dos jovens quanto à variedade de métodos contraceptivos e da distribuição nos Postos de Saúde de preservativos e outros métodos anticoncepcionais. Existem também Projetos Sociais que visam cuidar de jovens grávidas em situação de vulnerabilidade social.
Isso evidencia que os jovens conhecem tais métodos, sabem da sua disponibilidade, ou seja, é notório que informação não falta. Demonstra também que atuação do Governo é tardia, pois sua atuação só atinge os jovens que já iniciaram a vida sexual. Falta então uma atuação pretérita, anterior, que vise esclarecer os riscos de uma gravidez na adolescência, tanto com a saúde física da adolescente, como psicológica, social e econômica.
Esse trabalho deve ser iniciado nas escolas e ser incentivado o debate familiar de tais assuntos. É a família e a escola que devem contribuir para a formação desses jovens, e é nesses locais