Analise do transporte urbano
Eduardo Simões de Almeida
Na Região Metropolitana de São Paulo, vivem 17,5 milhões de pessoas correspondendo a 50% da população do Estado e a 11% do País - cujas atividades econômicas geram aproximadamente 17% do PIB brasileiro. Embora ocupe um espaço geográfico equivalente a 0,1% do território nacional, esta enorme quantidade de pessoas movimenta-se por conta dos mais diversos motivos, tais como trabalhar, fazer negócios, estudar, entreter-se, realizando mais de 31 milhões de deslocamentos diários (viagens). Sob o ângulo do planejamento urbano e da economia dos transportes, há duas questões fundamentais para serem respondidas: de que modo estas pessoas realizam este volume de viagens todos os dias? E, mais importante: os modos de transporte usados são eficientes do ponto de vista sócio-econômico? Para responder à primeira questão, devemos analisar a figura 1 abaixo, que mostra a divisão por tipo de transporte, utilizado pelas pessoas que vivem na Grande São Paulo.
Figura 1 - Distribuição modal do transporte urbano na Grande São Paulo em 1997
Transporte público 33% Transporte individual 32%
A pé 35%
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Esse artigo deve ser citado como: Almeida, E. S. Raio X do transporte urbano na Grande SP: diagnóstico do problema. Informações Fipe, n. 249, p. 18-22, 2001. * Doutor em Economia pela FEA/USP e pesquisador da Fipe.
Fonte: Pesquisa Origem/Destino do Metrô de 1997.
Na Grande São Paulo, em 1997, dos 31,4 milhões de deslocamentos diários 35% deles é feito a pé,1 um terço é realizado por transporte público e mais de trinta por cento concretiza-se pelo transporte individual. Se excluirmos da análise as viagens a pé, a participação porcentual dos diversos modos de transporte nos deslocamentos motorizados diariamente é mostrada pela Figura 2.
Figura 2 - Distribuição das viagens motorizadas na RM SP por modo principal em 1997
Lotação 1% Outros 2% Metrô 8% Trem 3%
Automóvel 47%