Analise do Livro Emilio da Educação
O homem nasce livre, mas vive preso a regras e costumes. O autor deixa bem claro que não existe direito algum que justifique a escravização de homens, pois a escravidão é contrária à natureza e aos direitos do homem.
Rousseau concluiu que o que torna a associação humana necessária aos homens é a carência material e a fraqueza. Afirma, então, que os homens devem agregar suas forças para que possam viver em harmonia.
“Rousseau lamenta que os homens tenham perdido a simplicidade da fala e dos costumes e que a grande contribuição das ciências e das artes tenha sido a criação de formas sofisticadas de dissimulação por meio das quais dissociam-se diametralmente a verdadeira virtude da aparência virtuosa “.(Educação e Política,p.26). A origem da desigualdade moral ou política é o que interessa para Rousseau. Vivendo em sociedade, com poucas necessidades e com condições de atendê-las o homem teria tudo para ser feliz. O surgimento da divisão do trabalho, a noção de propriedade se enraíza e passa a existir homens ricos e homens pobres, que dependeram uns dos outros. Leis foram criadas; para proteção de propriedades e outras para proteção das arbitrariedades dos mais poderosos. O surgimento da propriedade divide os homens entre ricos e pobres, o surgimento de governos divide entre governantes (poderosos) e governados (fracos) e o surgimento de estados despóticos divide os homens entre senhores e escravos.
Ao criticar as ciências e as artes, aponta a desigualdade como a mais perigosa das consequências, ”introduzida entre os homens pelo privilégio dos talentos”, pois ”das riquezas nasceram o luxo e a ociosidade: do luxo nasceram as belas-artes e, da ociosidade, as ciências”. (Educação e Política, p. 28). No Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens Rousseau nos mostra um problema – a degeneração social provocada pelo distanciamento que o homem social está do homem