analise do filme hans staden
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É possível analisar inicialmente as discussões referentes a relativismo cultural, etnocentrismo e outridade. Analogia essa, que evidência o choque cultural sofrido pelo alemão Hans Staden. - que é um personagem real da época do descobrimento, qual chegou ao Brasil em 1554 e tornou-se um dos principais relatores sobre a geografia, a fauna e a flora tropicais. Náufrago nas costas de Santa Catarina, no sul do Brasil, e, após ter sido artilheiro para os portugueses no forte de Bertioga foi capturado pelos Índios Tupinambás, que acreditavam ser ele mais um odiado colonizador, como os primeiros colonizadores que os caçavam para escravizá-los. O levaram para a aldeia chamada Koniambebe, onde começou a estádia (sempre a pique de ser devorado) – No decorrer do filme, podemos comprovar a grande estranheza que se deu no encontro das duas culturas diferentes, onde Hans Staden tinha sua cultura como real, absoluta e principal referência, pois tomava como apontador os valores partilhados no seu grupo (sociedade) e por isso compreendia os costumes dos Índios Tupinambás como algo exótico, excêntrico, anormal, inferior, exuberante e primitivo. Isso nos levou ao conceito de etnocentrismo, que é a atitude pela qual um indivíduo ou um grupo social, se considera o princípio de referência, ou seja, julga outros indivíduos ou grupos à luz dos seus próprios valores.
A partir da análise do filme, podemos observar que a cultura Tupinambá dominava todo o sudeste do Brasil e sua linguagem (tupi) era largamente utilizada pelos colonizadores. Entretanto, vale ressalvar que o filme evidencia não só a língua tupi, mas também o português arcaico, o alemão e o francês (que era abordado pelos demais colonizadores), evidenciando assim traços da difusão cultural, que implica no movimento de transferência de características culturais e ideias de uma sociedade, ou grupo étnico, à outra. Partindo desse preceito, notamos que o intercâmbio cultural entre esses povos constituiu na modificação de ambos.