analise de soneto da fidelidade

ANÁLISE DO SONETO DA FIDELIDADE DE VINICIUS DE MORAES.

Rosangela da Silva Santana

O soneto da Fidelidade foi publicado em São Paulo em 1946, no livro Poemas, Sonetos e Baladas, é provavelmente o mais importante e o mais belo livro do poeta.
Marcos Vinicius de Melo Moraes nasceu em 1913 no Rio de Janeiro, formou-se em Direito, posteriormente fez estudos na Universidade de Oxford. Sempre interessado por cinema, no famoso Chaplin Club, foi crítico censor cinematográfico. Tendo ingressado na diplomacia serviu nos Estados Unidos, na França e no Uruguai. Posteriormente tornou-se um dos poetas mais populares e queridos do país, por causa de suas canções, inclusive as da chamada “bossa nova”, faleceu em 1980. (ANTONIO CÂNDIDO, 2005. p 407).
Ficou conhecido como “poetinha”. Sem duvida Vinicius de Moraes foi um ilustre poeta que marcou a Literatura e a música brasileira.
Neste soneto o eu lírico trata especificamente do amor, nos quartetos está claro que estará atento em tudo, aproveitando ao máximo, sendo atencioso e companheiro para com seu amor, “De tudo, ao meu amor serei atento, antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto”. A seguir trata da dedicação ao amor, chorar e rir juntos dependendo do momento em que estão vivendo, “E rir meu riso e derramar meu pranto, ao seu pesar ou seu contentamento”.
Já nos tercetos o eu lírico trata da solidão e da angustia, relata o amor como algo que pode não ser para sempre, todavia, que precisa ser vivido intensamente enquanto existir, “Quem sabe a morte, angustia de quem vive, quem sabe a solidão, fim de quem ama”. “Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure”
O poema trata de uma produção poética lírica, constituído de dois quartetos e dois tercetos. A rima ocorre no final de cada verso, portanto o esquema rímico da primeira e da segunda estrofe é interpolada A, B, B, A, na terceira e na quarta estrofe temos rimas misturadas C, D, E e D, E, C. Podemos dizer que as rimas são graves, pois a