Análise do Poema Soneto de Fidelidade
O soneto fala especificamente do amor.
Na primeira estrofe, o autor realiza uma exaltação ao amor e uma promessa de fidelidade a este. O eu lírico deixa claro que quer aproveitar cada momento ao máximo, sendo atencioso e zeloso com seu amor.
Na segunda estrofe, o autor engrandece o amor como um sentido, o preenchimento dos momentos vãos da sua vida, quer demonstrar a todos o que sente, e estar ao lado da pessoa amada nos momentos bons e ruins.
Na terceira estrofe, quando o eu lírico começa a falar de morte e solidão, fica claro que ele não acredita na eternidade do sentimento mas deixa explicita sua vontade de que a morte e a solidão não cheguem tão cedo.
Na última estrofe, “Eu possa me dizer do amor (que tive)”, o poeta deixa transparecer uma desilusão amorosa, talvez por isso não acredite no “amor eterno”.
A expressão “posto que” tem o mesmo sentido de “visto que”, “já que”, ”uma vez que”.
O poeta diz que não espera que o amor seja imortal visto que é chama, e tal como a chama se extingue, assim acontece com o amor. Porém, ao dizer “Mas que seja infinito enquanto dure”, confirma a idéia de aproveitar cada momento com seu amor, mas sem pensar no amanhã e sim aproveitando o presente. Para que seja imortalizado através dos momentos.
Uma forte característica dos poemas de Vinicius de Moraes é destruir a noção da eternidade do amor.
O poema é um soneto, pois possui dois quartetos e dois tercetos.
As rimas do poema são externas, ocorrem sempre ao final de cada verso.
Quanto a métrica, os versos são clássicos, pois têm o mesmo número de sílabas em todo o poema, são todos decassílabos.
A linguagem do soneto é clara e culta.
O AUTOR:
Marcus Vinícius da Cruz de Melo Moraes nasceu em 19 de outubro de 1913, na cidade do Rio de Janeiro.
Veio de uma família de intelectuais e em 1928 começou a compor músicas.
Vinícius é um os maiores compositores brasileiros e um dos fundadores do movimento Bossa Nova.
Formou-se em