Analise de campo - Trabalho Agrario
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Atividade Monitorada – Opção 2 No último final de semana, fui com a minha família para fazenda. Na sexta feira era dia de embarque dos bois para abate. O embarque de 300 cabeças duraria o dia todo, portanto me juntei aos peões e meu pai para agilizar o processo. O dia começa as 6 horas da manhã, período no qual os peões tomam um café da manhã peculiar para aguentar a primeira parte do árduo dia de trabalho. Depois disso, foram buscar o gado no pasto para coloca-los no curral, onde ocorre a pesagem, separação dos documentos necessários e embarque nos caminhões, enquanto eu e meu pai esperamos. Quando voltaram pareciam animado com o ganho de peso dos bois. Após colocarem cada cabeça em seu devido lugar, o capataz se aproximou do meu pai e disse: - “E seu Zé... Essa vai da pelo menos 18 arrobas de média!” O animo mostrado por ele me deixou mais disposto para o trabalho que se seguiria. Esta segunda parte levou o dia todo e é a parte mais mecânica do dia. Passa-se os bois, um a um, no brete, anota-se seu número de registro, separa-se o documento referente a esse número e coloca-se o animal em seu lugar específico no caminhão. Durante esse processo o peões se mostram cansados de uma mesmice do processo, que se da numa forma bastante semelhante à linha de montagem fordista, na qual cada um tem sua função que depende da pessoa que anterior. Nas poucas vezes que não fiz minha parte de maneira satisfatória, fui capaz ouvir a pessoa a minha frente praguejar de forma discreta. Apesar disso, pude perceber que ele tinha um certa felicidade por estar realizando aquilo, uma vez que cresceram nesse ambiente e, quando pequenos via seus pais e avôs fazendo a mesma coisa. Cada caminhão tem capacidade para cerca de 30 cabeças. Quando ele é completo, o motorista pega o documento de cada um dos animais no veículo e os leva para o abatedouro. Essa foi o único momento do dia em que tive contato com alguém de fora de fazendo. Eles me pareceram muito menos motivados a realizar seu