Analise da obra dom casmurro de machado de assis
Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) foi um garoto de infância pobre e tão difícil quanto qualquer outro menino carente e mulato do Rio de Janeiro nascido nos finais dos anos de 1830. Era Machado também gago e epilético. A custa de muito esforço pessoal acumulou uma sólida formação cultural. Aos 29 anos, casou-se com Carolina, a adorada esposa imortalizada nos versos que compôs para homenageá-la quando Esta veio a falecer em 1904.
Apesar de todas essas dificuldades, Machado de Assis foi um intelectual respeitado e influente. Em seus 69 anos de vida, nunca se afastou mais do que 120 quilômetros do Rio. No entanto Criou uma obra que retrata com perfeição a sociedade brasileira do Segundo Reinado. Fundou Ele também a Academia Brasileira de Letras, sendo que desta foi aclamado presidente perpétuo.
Machado de Assis é considerado um dos nomes mais importantes nossa literatura. Destacou-se principalmente no romance e no conto, embora tenha também escrito crônicas, critica literária peças de teatro e quatro livros de poesias – Crisálidas, Falenas, Americanas e Ocidentais.
Machado escreveu ao todo nove romances. Nos primeiros – Ressureição (1872), A mão e a luva (1874), Helena (1876) e Iaiá Garcia (1878) -, percebe-se traços românticos quanto a caracterização dos personagens. Mas, á medida que seu trabalho foi amadurecendo, esses traços deram lugar a análises do comportamento humano ainda mais profundas, que revelam, por trás dos atos aparentemente bons e honestos dos personagens, a vaidade, o egoísmo e a hipocrisia do ser humano.
Dessa forma, a vida em sociedade passa a ser caracterizada por Machado como uma espécie de campo de batalha em que os homens lutam para gozar uns poucos momentos de prazer e assim satisfazer seus desejos de riqueza e ostentação, enquanto a natureza assiste ao drama humano com indiferença.
Entre os romances em que essas características estão mais acentuadas estão Memórias Póstumas de Braz Cubas (1891),