Analise da Conversa
Joaquim: :Eu disse numa entrevista recente que não(.), não descartava a hípotese de: um dia me lançar na vida politica estas eleições que:
Roberto: [proximamente]
Joaquim: é, de 2014
Roberto: o senhor preside o supremo até novembro desse ano né?<
Joaquim: Até novembro desse ano(.) sim(.) pretendo ficar, mais :um tempinho aqui, (num é), ?tenho ainda quase 11 anos,
Roberto: [(Pois é)]
Joaquim: .mas por isso que na votação da ficha limpa o senhor foi contra que se chegasse até o final, a ultima estância, num é?<
Joaquim: [sim, claro]
Roberto: [queria que houvesse]
Joaquim: mas evidente :é por que(.) por que permitir que uma pessoa já com duas condenações, ou seja, com uma condenação criminal ou uma condenação de por improbidade, por duas instancias judiciais, por que permitir que essa pessoa concorra aos cargos mais importantes? não se trata: nesse caso de escolher funcionários públicos subalternos, mas escolher aqueles que vão dirigir o país.
ANÁLISE DOS DADOS
I) A alocação de turnos se dá pelas perguntas do entrevistador.
II) O repórter/entrevistador Roberto D’Avila e o Ministro da justiça/entrevistado Joaquim Barbosa. Relação de entrevistador e entrevistado. Essa relação se performatiza ao observarmos que o entrevistador faz as perguntas e o entrevistado as responde.
III) Não. De acordo com as identidades dos participantes da entrevista, não há relação de poder alguma.
IV) Aberta. O entrevistador faz a pergunta de forma com que o entrevistado argumente da forma que ele ache cabível.
V) As pausas podem sinalizar uma abertura para que a conversa possa fluir, ou uma forma de dar continuidade no assunto.
VI) Agem de forma normal, não há nenhum tipo de estresse ou nervosismo mediante as pausas ou sobreposições de fala.