analise nenhum nenhuma, e conversa de bois
Espaço: Psicológico. No conto Nenhum, Nenhuma, a indefinição do espaço se articula com a questão do tempo, na medida em que todas as referências a espaços indefinidos misturam-se à memória perdida que o narrador tenta recuperar; o que ele talvez resuma da seguinte forma: As lembranças são outras distâncias....
Conflitos: As lembranças e a morte são presenças certas. O narrador em primeira pessoa do conto tenta compreender os dilemas que envolvem a aproximação da morte, sempre com a cumplicidade explícita de sua memória, uma das personagens principais dessa história.
Conto: Conversa de bois.
Espaço: Físico. O cenário do conto é uma estrada do interior de Minas Gerais. O autor produz uma história valorizando quatro elementos importantes da paisagem do interior de Minas. O carro, puxado por bois, vai cortando o sertão, levando rapadura e um defunto – o pai de Tiãozinho (cego e entrevado, já de anos, no jirau) para o arraial. Os bois, enquanto arrastam o carro, vão conversando, emitindo opinião sobre muitas coisas, principalmente sobre os homens.
Conflitos: Toda uma problemática da relação Homem - Natureza - Animal está presente, com a “filosofia animal” e a “bestialidade humana” trabalhadas conjuntamente.
As reflexões sobre o poder e a fraqueza centralizam-se em Conversa de Bois.
O menino Tiãozinho está conduzindo o cadáver do pai para a cidade e, ao mesmo tempo, sofrendo abusos de Agenor, o homem que se relaciona com a mãe dele. Em uma espécie de delírio, os desejos do menino passam aos bois, que se encarregam...