Analise Caso Dora
Sigmund Freud (1856 – 1939) foi um médico neurologista nascido no Império Austríaco que, ao longo de sua carreira profissional, desenvolveu a Psicanálise, teoria que possibilita a compreensão dos processos psíquicos humanos. Esta pode ser definida como um método de investigação da psique humana e de seu funcionamento, fundamentado num sistema teórico e formulado a partir de casos clínicos, além de ser considerado um método de tratamento psicoterapêutico.
Após testar diversas técnicas psicoterapêuticas o psicanalista desenvolveu uma técnica sistemática ainda hoje utilizada, na qual, segundo Freud (1914/1969), o analista:
Contenta-se em estudar tudo o que se ache presente, de momento, na superfície da mente do paciente, e emprega a arte da interpretação principalmente para identificar as resistências que lá aparecem, e torná-las conscientes ao paciente (...) O objetivo destas técnicas diferentes, naturalmente, permaneceu sendo o mesmo. Descritivamente falando, trata-se de preencher lacunas na memória; dinamicamente, de superar resistências devidas à repressão. (p.1)
O psicanalista supunha que a principal fonte do sofrimento psíquico era a própria memória do paciente, ou seja, as suas lembranças, que, por algum motivo, estavam prejudicadas devido à atuação de uma repressão inconsciente, portanto, ao tornar as resistências conscientes ao paciente, auxiliando-o assim a preencher as lacunas da sua memória, Freud acreditava que os sintomas desapareceriam e o sofrimento seria cada vez mais amenizado, para isso fazia o uso clínico do processo de rememoração. Portanto a sua conhecida frase “Os histéricos sofrem principalmente de reminiscências” (FREUD, 1893/1974, p. 84) refere-se a esta teoria.
A Histeria pode ser considerada o ponto de partida da teoria freudiana, foi a partir dela que o autor iniciou sua investigação e compreensão acerca dos diversos fenômenos do aparelho psíquico. Esta pode ser definida como uma patologia psíquica, mais especificamente,